Te explico: a ausência.

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Olá, meus amigos do direito e da vida de concurso!

Tudo bem com vocês? Eu espero que sim!!!

Muitos de vocês devem estar se perguntando sobre os motivos pelos quais não houve mais atualização no site, nos materiais e enfim, o motivo pelo qual o Projeto Costurado a Toga não continuou.

Pois bem.

Como todos vocês devem saber, caso acompanhem meu Instagram @diovanefranco, meu filho Leonardo foi diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA), mas não se espantem, está tudo muito bem o/

Eu gosto de filosofia, e uma das coisas que a grécia antiga me ensinou, notadamente Heráclito de Éfeso, é algo chamado DevirDevir é a mudança constante, é algo do tipo “Você não pode pular duas vezes no mesmo rio, pois outras águas e ainda outras, vão fluir.”

Sempre pensei ser imutável o fato de que eu iria ser Juiz Federal e, acredito que, apenas por mais um pouco de tempo na continuidade e constância que eu estive por três anos, eu chegaria ao meu objetivo. Mas a balança de themis não se presta a sopesar tão somente elementos de justiça para apaziguar os conflitos sociais.

O mundo afetivo também tem suas nuances e, diante delas, vemos que nada, mas nada mesmo, é estável ou, ainda, imutável. Nem mesmo o seu cargo tão almejado ou já conquistado – estabilidade não existe. É o famoso Devir: Tudo flui, tudo está em constante mudança e transformação.

O fato é que, quando temos um filho, muitas coisas mudam, inclusive as prioridades. Após o diagnóstico do Léo, coloquei na balança alguns pontos sobre meus planos e a situação que a divindade me trouxe.

Se alguém leu minha descrição no site, sabe que eu moro em Sinop/MT. A cidade é muito boa, em plena ascensão (desde sempre), tem o tratamento completo que o  meu filho, Leonardo, precisa. O tratamento consiste em 30h semanais de terapia, envolvendo fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional; foi o que o médico determinou para o desenvolvimento do pequeno.

Por incrível que pareça, com exceção de Cuiabá/MT no sentido estrutural, Sinop, de fato, é a melhor cidade do Estado. Há quem diga o contrário.

O fato é que caso eu continuasse estudando, teria que ir embora de Sinop, e deixaria meu filho aqui. E a pergunta é: Vale a pena? Esperar um, dois, três, quatro, talvez cinco anos, por uma remoção, notadamente quando os concursos federais estão em escassez? Você deixaria de ver o seu filho crescer, de ajudá-lo no momento mais crucial de seu desenvolvimento, com os tratamentos e a correria cotidiana, por R$ 15.000,00 (quinze mil reais) mensais a mais em seu vencimento? Deixaria de ver o sorriso que os pequenos te dão? [?????]

Não precisa responder. Isso é algo muito interno e pessoal. O fato é que eu não faria e não farei isso. 

Por isso, optei por não mais estudar para concursos, de modo que a produção de nossos materiais pararam.

E aí vem os questionamentos:

  • Se eu vou voltar a produzir os materiais? Não sei. Quem sabe?! Pode ser que sim, não?
  • Se eu vou voltar a estudar? Não sei… Muito provável que não.
  • Então você vai ficar para sempre no mesmo cargo? Também não sei. Todos nós temos o desejo do progresso, certo? Não irei estagnar, não é meu tipo. Já tenho alguns pensamentos.
  • O site vai fechar? Não pretendo fechá-lo. Apesar de eu ter parado de produzir, por incrível que pareça, os acessos aumentam a cada dia. Deve ter material útil por aqui aos que precisam. Assim, enquanto eu não precisar do domínio para algo, o site ficará aqui.

 

Bom, meus caros. É isso. Bons estudos a todos vocês.

Ahhh…

Muitos de vocês já sabem, mas… TRF 1, TRF3 e MPF vêm por aí =). É hora de aquecer. =)

Um forte abraço a todos vocês.

 

Escrito por

Diovane Franco

Advogado atuante em Direito Ambiental, graduado pela Universidade Católica Dom Bosco, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Faculdades de Ciências Gerenciais e Jurídicas de Sinop. Também é pós-graduado em Direito Administrativo, com ênfase em controle da administração pública em prol dos particulares, aplicando seu conhecimento sobre Direito Administrativo na defesa de produtores rurais em questões ambientais. Também possui grande experiência em Direito Tributário. Deixou a carreira de servidor público na Justiça Federal (TRF-1 e TRF-3) para se dedicar exclusivamente à Advocacia Ambiental. É sócio-fundador do escritório Farenzena & Franco Advocacia Ambiental, dedicado exclusivamente à defesa de pessoas físicas e jurídicas acusadas de infrações contra o meio ambiente, nas esferas administrativa, cível e penal. Atua pujantemente em execuções fiscais de cobrança de multa decorrente de processo administrativo ambiental, elaborando e desenvolvendo embargos à execução, exceção de pré-executividade, bem como eventual ação anulatória ou declaratória visando à extinção de improcedência de execuções fiscais. É especialista em elaboração de defesas e recursos administrativos para cancelar autos de infração ambiental e sua respectiva multa, bem como termos de embargo ambiental, com maior ênfase nas infrações ambientais de desmatamento na Floresta Amazônica.
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